Literatura aponta prevalência de 60% de diagnóstico em pacientes do sexo masculino não fumantes; entre mulheres, índice salta para 80%
O cigarro está associado a quase 90% dos diagnósticos de câncer de pulmão. Apesar de sabidamente maléfico para o órgão, também é possível desenvolver tal neoplasia, sem nunca ter fumado. O adenocarcinoma pulmonar é o subtipo mais comum nesse público e estudos apontam que mutações genéticas, alterações no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), estejam ligadas a isso.
Com o avanço da medicina e da genética, será cada vez mais frequente o estudo individualizado. Dessa forma, conseguiremos identificar pacientes com maior probabilidade de desenvolver a doença e antecipar terapias específicas e preventivas. Enquanto isso, precisamos trabalhar para diagnósticos precoces, uma vez que o adenocarcinoma pulmonar desenvolve-se lentamente e na maioria das vezes sem sintomas.
A literatura médica aponta que 60% dos diagnósticos em homens não fumantes são de adenocarcinoma pulmonar e 80% em mulheres não tabagistas. Apesar disso, vale ressaltar que esse também é o tipo de tumor mais incidente no mundo, inclusive entre os tabagistas. Por causa de sua progressão lenta, sua descoberta é tardia, ou seja, em doenças mais avançadas. Tal fato faz com que o adenocarcinoma pulmonar seja responsável por quase 50% dos óbitos decorrentes de câncer de pulmão.
Portanto, reforço sempre que possível: sentiu algum sintoma que não é normal na sua rotina? Procure um especialista em medicina pulmonar, imediatamente. O câncer de pulmão tem tratamento e também tem cura, mas o estágio de descoberta está intimamente ligado ao sucesso terapêutico. Se precisar de mim, sabe que estou à disposição!