Tabaco é associado em 85% dos casos de câncer de pulmão

Números do Inca comprovam que o tabagismo é fator de risco para essas e outras doenças.

Quem já passou dos 40 anos deve se lembrar dos filmes e novelas do passado, em que o hábito de fumar era sinônimo de requinte e elegância. No Brasil, a proibição de acender um cigarro ou charuto em locais fechados, sejam públicos ou privados, só veio em 1996. A lei foi endurecida ainda mais em 2014, quando qualquer divisória ou proteção – seja uma parede, teto ou marquise – impede, legalmente, o fumante de acender seu cigarro.

Ao longo dos anos, a lei ficou mais rígida, pois o tabagismo se tornou um grave problema de saúde pública. A ideia é dificultar o acesso a quem insiste em manter o vício, seja proibindo o fumo em locais coletivos ou mesmo aumentando os tributos que incidem sobre os produtos.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 85% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados com os derivados do tabaco. No ano passado, foram registrados 32.560 registros deste tipo de tumor no país, sendo 18.020 em homens e 14.540 em mulheres. Mais de 28 mil brasileiros morreram, em 2022, vítimas da doença.

Isso acontece porque as substâncias presentes no cigarro, sejam os convencionais ou nos eletrônicos, são altamente cancerígenas e atingem as células pulmonares, causando lesões permanentes. Além disso, o tabaco pode provocar problemas cardiovasculares e outras disfunções.

A orientação é parar de fumar. Para isso, uma equipe especializada e com vários profissionais podem ajudar no controle, ou até mesmo, no fim do vício. Atitude que pode melhorar sua qualidade de vida e das pessoas de sua convivência, uma vez que, para elas, a fumaça do cigarro também é prejudicial – são os chamados fumantes passivos.