Punção e drenagem pleural: indicações distintas para análises diferentes

Técnicas da cirurgia torácica auxiliam no tratamento e no diagnóstico do paciente. Entre outras indicações, tratar infecção e conter danos

Algumas situações, como já falei aqui, provocam o acúmulo de líquido ou ar na cavidade pleural. Nem todas vão demandar intervenção cirúrgica, mas se o volume apresentado for considerável, para tratar ou diagnosticar tais quadros, o cirurgião torácico pode lançar mão da punção ou da drenagem pleural.

A punção é indicada para casos de derrame pleural, a depender da gravidade do quadro. Pela segurança do paciente, recomenda-se a realização do procedimento em centro cirúrgico, inclusive para reduzir os riscos de infecção e complicações.

A drenagem pleural, por sua vez, também necessita de intervenção cirúrgica, mas o seu objetivo é colocar um dreno na cavidade pleural do paciente, através da parede torácica. Ao contrário do que se pensa, na maioria das vezes não é a quantidade de líquido que define o procedimento, mas sim, o tipo de líquido.

Um exemplo clássico para drenagem pleural é o líquido purulento(pus), que deve ser drenado para análise do material, contenção do quadro infeccioso e prevenção de demais complicações. Assim como acontece quando há sangue na cavidade torácica. Tecnicamente chamado de hemotórax, o quadro causa irritação na pleura e a drenagem pleural auxilia na indicação (ou não) de cirurgia no tórax e ainda atua como prevenção de outras sequelas.

Da mesma forma que as técnicas são diferentes, as indicações também são. Por isso é necessária a presença de um cirurgião torácico no acompanhamento de pacientes que desenvolvam quadros dessa natureza, bem como a vítimas de acidentes de trânsito.

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